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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lacrado-

Sentia-se correndo em um labirinto.As mesmas paredes;os mesmos erros.Nada parecia caminhar de forma certa e o natural não fazia parte de seus hábitos.Toda a insegurança refletia em sua imagem - pernas curvadas e olhos que miravam o Longe.Talvez seu Longe fosse apenas uma utopia de felicidade,impossível de ser alcançada em carne,mas almejada com todas as forçar por sua alma.
As regras do jogo corriam de forma lenta e desencaixada.Sabia de cor todas as palavras,a ginga certa e o tempo da dança,mas simplesmente não reagia ao seu conhecimento.O corpo era fechado,limitava-o;assim ao menos pensava nas horas de tristeza.Todas as explicações que buscava para os "por que's" de si mesmo não poderiam ser nada mais do que as razões que compreendiam o Longe...Era mais fácil entender o Longe do que o errado do Aqui...incorrigível e imutável.Saudava e sofria pelo que queria ,mas o que era ,distante do que desejava tornar-se,correspondia a fonte de seu eu,a origem para fazer o que fazia e ,de alguma forma,a razão de suas tentativas de mudar o que parecia sempre errado.Mudar o mundo ao qual aparentemente ele não pertencia mas, que sem dúvida alguma, precisava dele.
Licínio Santa-Anna e Babuíno Escarlate

Um texto de fora

Este texto (um dos melhores do blog,na minha opinião) é de uma grande autora/amigo.Espero que gostem :

Pelo o que se sabe vocês são humanos. E têm o fantástico poder de decidir suas vidas. Decidir se vão vestir meias coloridas ou brancas, se vão comer doce ou salgado, se vão falar ou se vão se calar. E vocês amam decidir, amam tanto que decidem uns pelos outros. Decidiram que alguns poderão decidir mais que os outros, decidiram decidir sozinhos, decidiram ser apenas indivíduos. Decidiram tanto que agora poucos decidem por muitos, e decidiram que eles não vão vestir, que não vão comer, decidiram que vão se calar.


Quem deixou os humanos decidirem?.

Thais Gordon-Ford